segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Os quilombos

A escravidão foi a forma dominante de organização do trabalho no surgimento da sociedade mineira. A necessidade de mão-de-obra para a exploração mineral e a ávida corrida pelo ouro durante a primeira metade do século XVIII fizeram com que o valor de um negro escravo na região fosse muito maior que no restante do país.

Os quilombos marcaram esse período da história de Minas Gerais. A formação de quilombos foi intensa na região. Muitos foram os negros que lutaram contra o cativeiro no período de 1710 a 1798, existiram cerca de 120 quilombos em Minas Gerais. “Os quilombos em Minas Gerais não existiam isolados; em geral, os escravos não fugiam para muito longe das comunidades mineradoras urbanizadas”

Os quilombolas ou calhambolas, como eram chamados os negros fugitivos em Minas Gerais, eram acolhidos por comerciantes que negociavam com eles. Muitos comerciantes preferiam comprar dos quilombolas, pois o preço era mais baixo. Diversos fazendeiros também solicitavam os serviços desses negros como estratégia para que eles não se rebelassem e atacassem suas propriedades.

Os negros fugidos circulavam e mantinham contatos com os residentes. Como a população urbana era em grande escala composta por pessoas “de cor”, os negros fugidos circulavam de forma despercebida pelas autoridades nas cidades. Somado a esse fator, os quilombolas contavam também com o apoio da população escrava e de parcela da população livre. A relação entre quilombolas e moradores nas Minas era fluida e foi um dos fatores que dificultou sobremaneira a repressão contra esses grupos.

Foi contra o cativeiro e pela liberdade que os negros levados para Minas Gerais lutaram. Por meio de diferentes formas de resistência, os negros conquistaram seu espaço em terras mineiras. A fuga, a ocupação de áreas não povoadas após a abolição ou mesmo o recebimento de glebas de terra de seus (antigos) proprietários por doação ou herança foram as formas de conquista e consolidação dos territórios negros em Minas Gerais.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ouro em Minas Gerais

No fim do século XVII descobriu-se uma grande quantidade de ouro nas terras de Minas Gerais. Essa descoberta possibilitou a vinda de várias pessoas com o propósito de enriquecer. Entre essas pessoas estavam: Os bandeirantes paulistas que primeiramente vieram atrás dos índios, depois do ouro e as esmeraldas; Baianos e Pernambucanos que trouxeram vários negros que usaram como mão de obra.

Com esse tráfico negreiro vindo pra Minas Gerais, a sociedade nesse estado, pode-se afirmar que se tornou escrava, e a valorização do negro no mercado aumentou surpreendentemente, e quase triplicou o valor relacionado ao restante do Brasil.

Durante o século XVIII a região se transformou no centro de poder econômico do país devido a migração de proprietários de escravos das regiões de São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco. Esses proprietários migraram por causa do rendimento que os minérios estavam dando a todos que buscavam explorá-los. Em resumo, a mão de obra escrava aumentou consideravelmente.

Cerca de 500 mil escravos negros foram trazidos de lugares como Angola, Congo, Sudão para trabalhar na mineração, isso na época em que o Ouro estava enriquecendo muito mais do que qualquer outra coisa no mercado Brasileiro. A partir desse século a população negra de Minas Gerais não foi inferior a 30% da população total, um índice considerado altíssimo, porém, não podemos ficar felizes com isso, devido ao modo com que essa população negra foi tratada em nosso país.

POSTAGEM TEEEESTE!!!!!!!!!